Exército comemora seis décadas em Beltrão

20 de abril de 2017

Uma solenidade realizada na sede do 16º Esquadrão de Cavalaria Mecanizado na quarta-feira (19) marcou a passagem do Dia do Exército e o lançamento da programação alusiva aos 60 anos de instalação do Exército Brasileiro em Francisco Beltrão. Autoridades e convidados foram recepcionados pelo comandante, Major Luiz Fernando Coradini, e oficiais do Esquadrão.

Compareceram o prefeito Cleber Fontana, os vereadores Leo Garcia e José Carlos Kniphoff, o Major Schinda, comandante do Corpo de Bombeiros, os secretários municipais Alaércio Corazza, Pedrinho Veroneze e Otávio Muniz, juntamente com outras lideranças políticas, empresariais, comunitárias e amigos do Exército.

A atividade teve a inauguração do novo mastro da bandeira, homenagens, leitura da Ordem do Dia do comandante do Exército, General Eduardo da Costa Villlas Bôas, apresentação do histórico da presença do Exército em Beltrão e o pronunciamento do Major Coradini, que falou sobre a importância da presença militar na região e pediu apoio para aproximar ainda mais o Exército da comunidade. “Queremos que a sociedade conheça de fato o trabalho que realizamos e os objetivos das forças armadas”, enfatizou o comandante.

O prefeito Cleber Fontana anunciou que no segundo semestre a administração municipal vai realizar um evento para homenagear o Exército e os militares que fazem parte de sua história em nosso município. “O Exército  tem contribuído para o nosso crescimento. É justo reconhecermos esta parceria de tanto sucesso”, comentou o prefeito.

Os homenageados com medalhas pelos serviços prestados ao Exército são: major Luiz Roberto Gonçalves; tenentes Cezar Augusto Somavilla, César Vinicius Magalhães de Almeida e Wilmar Afonso Diel; sargentos Marcos Dalsoto, Marcos Gibson Antunes Mulina, Romulo Afonso Santos Ribeiro e Luiz Henrique de Lima dos Santos.

O texto que trata da história do Exército em Beltrão tem o seguinte teor:

O histórico de litígios envolvendo as terras que hoje formam o Sudoeste paranaense e sua posição estratégica na fronteira com a República Argentina atraíram a atenção de formuladores da defesa nacional para esta região do Brasil. Caracterizado por uma baixa presença do estado Brasileiro até a primeira metade do século XX, o Sudoeste passou a ser alvo da “Marcha para o Oeste” a partir da década de 1940. É nesse contexto que foi criada a Colônia Nacional General Osório (Cango), em 1943, para efetivar a ocupação do território. No entanto, esse período foi marcado pelo surgimento e agravamento de tensões relacionadas a posse das terras da região. Essa situação levou, a partir de 1954, ao envio de efetivos militares destacados de unidades do Paraná e de Santa Catarina, que permaneceram acantonadas na sede da Cango. Porém, foram os fatos ocorridos em 1957 que levaram o Exército Brasileiro  a aumentar seus efetivos em Francisco Beltrão e aqui se instalar em definitivo. Com isso, o destacamento passou ao valor de uma Companhia de Infantaria, proveniente do 13º Batalhão de Caçadores, de Joinville (SC). Essa tropa teve papel fundamental nos eventos de outubro de 1957, mantendo a estrita neutralidade e impedindo um derramamento de sangue na região. Em 02 de setembro dxe 1958 o capitão Ramon Marques de Souza, comandante da 2ª Companhia do 13º BC, passou o comando da guarnição para o capitão José Lamartine da Costa, primeiro comandante da 1ª Companhia do 13º Regimento de Infantaria, oriunda de Ponta Grossa. No dia 30 de setembro do mesmo ano, o Decreto 63.332 transformou a unidade em 2ª Companhia de Infantaria. Essa organização militar teve papel fundamental no apoio aos trabalhos do Grupo Executivo para as Terras do Sudoeste Paranaense (Getsop), que pôs fim a décadas de litígios sobre a pose da terra. Em 29 de outubro de 1987, a guarnição foi transformada em 3ª Companhia do 33º Batalhão de Infantaria Motorizado, extinta em 200. Em seu lugar instalou-se o 16º Esquadrão de Cavalaria Mecanizado, oriundo de Passo Fundo (RS) e que já contava com 106 anos de história. A partir de então Francisco Beltrão passou a conviver com o ronco dos blindados da Cavalaria. Ao longo de seis décadas o Quartel da Cango é testemunha da evolução de Francisco Beltrão, de pequena vila isolada para uma pujante e próspera cidade, no coração do Sudoeste. Nesse período, representou a presença do Estado Brasileiro no Sudoeste Paranaense, compartilhando com sua gente os momentos de alegria e de dor. Por seus portões ingressaram gerações de cidadãos que cumpriram seus deveres com a Pátria. Hoje, em contínua evolução junto com a região, o Quartel da Cango incorpora novas tecnologias e amplia suas capacidades como eterno Sentinela do Sudoeste.

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