Prefeitura Municipal de Francisco Beltrão
17 de fevereiro de 2016
Da assessoria
Mestres e doutores de três universidades de Francisco Beltrão têm se reunido periodicamente para elaborar medidas de prevenção a catástrofes. Todos integram o Centro Universitário de Estudos e Pesquisas sobre Desastres (Ceped), criado em maio do ano passado com o objetivo de usar o conhecimento acadêmico para se antecipar a desastres de origem natural, social e biológica.
O Ceped funciona através da Prefeitura, Corpo de Bombeiros e Defesa Civil e, apesar do pouco tempo de criação, tem se mostrado um dos mais atuantes do estado, com a realização de atividades, encontros e planejamento de atividades e mecanismos mais eficientes de prevenção. Foi deste grupo que surgiu no ano passado o Simpósio de Defesa Civil, que reuniu especialistas de outros estados e da ONU em Beltrão para debater a resiliência das cidades.
“Em Beltrão existem muitas sugestões do quê fazer para, por exemplo, acabar com as enchentes, mas tudo calcado no empirismo e não no conhecimento científico. O papel do Ceped, acima de tudo, é se aprofundar nestas questões para que possa indicar os melhores caminhos que o poder público pode seguir para evitar os desastres”, afirmou o prefeito Antonio Cantelmo Neto, que nesta quarta-feira (17) acompanhou o encontro do centro.
Centro planeja atuação
O Ceped é coordenado pelo professor Elvis Rabuske, professor de Geografia com atuação nas áreas de Sensoriamento Remoto, Cartografia e Geoprocessamento. Além disso, mais de dez outros professores da Unioeste, Unipar e UTFPR também compõem o grupo, junto com integrantes da Prefeitura, Corpo de Bombeiros e Defesa Civil.
Um dos próximos passos do centro de estudos é a criação de uma especialização em defesa civil que deve ter como tema de pesquisa o Rio Marrecas e será focada na formação de agentes para os municípios da região. Além disso, o grupo já elaborou um projeto para instalação de um centro de monitoramento avaliado em R$ 700 mil para acessar informações mais precisas e antecipadas sobre chuvas de granizo, vendavais, deslizamentos e enchentes na região. “Um centro desses permitiria acesso a informações antecipadas sobre o tornado que atingiu Beltrão no ano passado, por exemplo”, explica o mj. Antonio Schinda, comandante do 3º SGBI.
Novos pontos de monitoramento
Nos próximos dias, Beltrão terá dois pontos de monitoramento. Um é fruto de convênio do Ministério da Defesa do Japão e a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil e permitirá obter uma série de informações sobre o Rio Marrecas em tempo real. O outro será voltado ao monitoramento meteorológico e será instalado através de uma parceria entre o Município e o Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais).
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