Prestes a ser inaugurada, nova escola do Rio Tuna é alvo de pichações de cunho político

6 de maio de 2016

Paredes tinham sido pintadas nesta semana e foram pichadas com frases contra o PT e o prefeito Cantelmo Neto

Da assessoria

O novo prédio da escola Juscelino Kubitschek, na comunidade de Rio Tuna, amanheceu todo pichado nesta sexta-feira (6). Frases de cunho político contra a Prefeitura e o Partido dos Trabalhadores (PT) foram escritas com tinta spray nas paredes da escola, que estava recebendo a pintura nesta semana e tinha previsão de inauguração para este mês.

Segundo a diretora Vivian Pantano, a pichação preocupou a comunidade, que nesta sexta esteve na escola para um evento de Dia das Mães com os alunos. “Esse é um local tranquilo e muita gente se sentiu insegura pela vandalização em si, mas também pelo conteúdo agressivo das frases”, disse. “Era para ser um dia bacana, de homenagem às mães, mas todo mundo ficou apreensivo por causa da pichação porque essa nova escola é um sonho nosso que estava se concretizando”, completou a diretora.

A Secretaria de Educação esteve no local e registrou um boletim de ocorrência para o caso, que será investigado pela Polícia Civil. A pichação de patrimônio público é um crime federal e pode render prisão de três meses a um ano, além de multa.

 

Escola em fase final

A nova escola começou a ser construída no ano passado em frente a sede campeira do CTG Recordando os Pagos em uma parceria entre o Município e o governo federal e totaliza quase R$ 900 mil em investimento. O espaço terá seis salas com capacidade para 36 alunos cada, refeitório, cozinha e ala administrativa, totalizando 850 m2 de área construída, estrutura mais moderna e bem diferente da atual, que funciona ao lado da igreja.

A obra ainda está sob responsabilidade da empreiteira, que realizava serviços de acabamento e até semana passada mantinha um vigia noturno no local.

 

Neto: “falta maturidade democrática”

Em sua página do Facebook, o prefeito Antonio Cantelmo Neto caracterizou a pichação como uma “ação de intolerância” e disse que o episódio não abala a continuidade das políticas públicas em educação.

“Sempre defendi a vou continuar defendendo a liberdade de expressão das pessoas, mas desde que isso não seja feita de uma forma arbitrária, desrespeitosa e intolerante. Uma das coisas que pregamos em nosso governo é o respeito às opiniões, a harmonia, mas infelizmente nem todo mundo tem maturidade democrática para isso e acaba praticando atos como este, um atentado, uma forma de intimidação e poluição visual, mas que não nos preocupa em relação à continuidade das obras em outras cinco escolas em construção”, afirmou o prefeito na postagem.

A maioria das frases pichadas na escola pedia a saída do PT e também fazia referência ao prefeito Cantelmo Neto.




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