Audiência pública debate novo modelo de transporte urbano para Beltrão

29 de abril de 2014

Da assessoria

O procurador jurídico Fábio Albuquerque, José Ferreira e Silmara Brambila, da Lahsa, e o secretário de Administração Saudsi Mensor durante a audiência pública

O procurador jurídico Fábio Albuquerque, José Ferreira e Silmara Brambila, da Lahsa, e o secretário de Administração Saudsi Mensor durante a audiência pública

Foi bem aceita entre os presentes na audiência pública desta segunda-feira a proposta da Prefeitura para melhorar o transporte coletivo urbano de Francisco Beltrão. Gente de vários departamentos envolvidos na elaboração do edital e da Lahsa – empresa que presta assessoria de trânsito ao governo municipal – explicou e debateu com representantes de entidades e usuários do transporte os principais pontos que deverão mudar com a nova concorrência pública para escolha das empresas que prestarão o serviço.

O edital irá contemplar mudanças significativas, como a disponibilidade de mais veículos – de 18 para 22 – a criação de novas linhas nos bairros, redução da vida média da frota para quatro anos, carros com acesso para portadores de deficiência e a adoção de sistemas informatizados, como a bilhetagem eletrônica, que permitirá ao usuário um cartão com créditos para andar em até mais de um veículo pagando somente uma passagem.

Estes e outros pontos foram apresentados durante o encontro, em que a população pode sugerir e opinar sobre as atuais condições do serviço na cidade. “Tem motorista que dirige de forma perigosa e desconfortável aos passageiros”, criticou a enfermeira Edimara Candido. “Precisa que tenha mais horários para a UTFPR”, sugeriram os estudantes da universidade. “A bilhetagem também poderá ser usada por deficientes visuais, como eu?”, indagou Vilmar da Motta, vice-presidente da Associação dos Deficientes Físicos.

Apesar de não ser uma obrigatoriedade, a audiência pública serviu para que a Prefeitura colhesse sugestões que podem ir para o edital e virar uma exigência para as empresas que quiserem ter a cessão de uso do serviço. “Grande parte do edital está feita, estamos a sete meses levantando informações técnicas para embasá-lo, mas também precisamos respeitar as ideias de quem usa o serviço”, afirmou o secretário de Administração, Saudi Mensor.

A licitação será feita através de concorrência pública, como se fosse um leilão em que podem participar empresas, consórcios e até cooperativas com lances inicias de outorga de R$ 812.455,00 para a linha Leste-Oeste e R$ 970.515,00 para as linhas Norte Sul. Estes valores foram calculados com base na atual demanda de passageiros e corresponde a 3,5% do faturamento bruto para dez anos, que é o tempo de concessão do serviço.

[O dinheiro irá para a Prefeitura, que vai reinvesti-lo em melhoria da malha viária, dos pontos e na instalação de tecnologia para facilitar a informação e mobilidade dos passageiros. Outro ponto importante é que a atual tarifa de R$ 2,60 será mantida por um ano após a nova licitação e os reajustes serão feitos somente para corrigir perdas inflacionárias.

Com as melhorias, a expectativa da prefeitura é de que o número de usuários do transporte coletivo, que hoje é de cerca de 167 mil passageiros por mês, aumente em 25%. “É um círculo: melhorando a qualidade, conseguimos fazer com que mais pessoas usem o transporte coletivo e assim seja oferecido um serviço bom e com o mesmo valor da passagem compatível com a realidade”, afirmou José Ferreira, consultor de trânsito da Lahsa.




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