Casa Abrigo acolhe mais de 30 crianças
Publicado emA Casa Abrigo Anjo Gabriel, mantida pela Prefeitura de Francisco Beltrão por meio da secretaria municipal de Assistência Social, acolhe no momento 31 crianças e adolescentes com idades que variam de 8 meses a 16 anos que estavam em situação de risco em seu convívio familiar. A finalidade da casa é acolher até que seja viabilizado o retorno ao convívio com a família de origem ou, na sua impossibilidade, encaminhar para família substituta.
Na visão da Assistente Social Vanice Martins Fedrigo, o aumento do número de crianças no local se deve a dois fatores principais. Um deles é o aumento da negligência das pessoas responsáveis pelas crianças e outro é que a rede de proteção está melhor estruturada para identificar estes casos e tomar as providências necessárias.
As crianças e adolescentes permanecem no local pelo período de seis meses até dois anos. Vanice explica que o principal objetivo é a reintegração familiar. Somente quando todos os esforços forem esgotados se busca o caminho da adoção, com o devido aval judicial. Com isso, além de abrigar e proteger as crianças, é realizado trabalho com as famílias, dentro da proposta de ressocialização.
Além das visitas nas residências, os familiares também são trazidos para a casa, para que o vínculo familiar seja ampliado. Inclusive está sendo estruturado um espaço físico para que seja feito trabalho em grupo com as famílias.
Vanice explica que o principal motivo que leva as crianças até a Casa Abrigo é a falta de cuidados básicos, como alimentação, saúde e educação, além de casos de maus tratos e violência. Através de órgãos como Cras, Creas, Ministério Público, Conselho Tutelar e Vara da Infância e da Juventude, são feitos os encaminhamentos por meio de medida protetiva.
A coordenadora da casa, Anasmi Negri, relata que as crianças mantém uma rotina normal, frequentando o Cmei ou a escola, recebendo atendimento completo nos setores de saúde, educação e lazer, são levadas a igrejas, passeios, enfim, recebem atendimento como se estivessem em casa. “O diferencial é que são tratadas com respeito, dignidade e carinho pela equipe que é composta por 20 pessoas”, comenta Anasmi.
Melhorias na infraestrutura
Em 2017, por determinação do prefeito Cleber Fontana, a Casa Abrigo Anjo Gabriel recebeu diversos investimentos que proporcionaram mais comodidade para as crianças e adolescentes abrigados no local, além de oferecer condições mais adequadas de trabalho para os servidores.
A prefeitura investiu em reformas no prédio e aquisição de equipamentos para o parquinho. Também foram conquistados recursos do Governo do Estado e do Governo Federal, que possibilitaram a aquisição de um veículo novo e troca de grande parte do mobiliário.
Neste ano os investimentos continuam com reformas em um prédio localizado no mesmo terreno. O local será utilizado para suprir a necessidade de mais espaço físico e ampliar a relação com as famílias das crianças. “A administração municipal nos dá tudo que precisamos para as nossas atividades em termos de servidores, estrutura e alimentação. Com este respaldo podemos oferecer tudo que as crianças precisam”, destaca Anasmi.
Família Acolhedora
O prefeito Cleber Fontana sancionou o projeto de lei aprovado por unanimidade na Câmara criando no município o Programa Família Acolhedora. A sugestão do programa partiu vereadora Fran Schmitz. A Casa Abrigo pretende participar e apoiar o sistema proposto nesta lei, que pretende ser uma referência no acolhimento de crianças e adolescentes afastadas da família por medida de proteção.
As famílias acolhedoras serão capacitadas pela Secretaria Municipal de Assistência Social e receberão, em contrapartida, todas as condições para a manutenção das crianças em seus lares. O grupo de trabalho do programa será composto por membros de diversas esferas municipais, estaduais e federais, para garantir o bem-estar das crianças e adolescentes.
Foto – Assistente Social Vanice Martins Fedrigo, servidora Idelma Vieira, que trabalha na casa há 22 anos, e a coordenadora Anasmi Negri